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Imagem: Political Chess |
*Por Marcelo Jorge
Ter um prefeito aliado é muito
vantajoso em uma campanha eleitoral para o Governo. Uma das primeiras vantagens
é que os candidatos já iniciam a disputa com uma quantidade de votos
previamente definida pela capacidade de transferências de voto dos gestores
municipais. Mas é claro que apenas isto não significa eleição ganha.
Na verdade, os prefeitos
quando aliados, se valem da sua própria rede de lideranças para se aproximar do
eleitorado e transferir os votos para o candidato. Desta forma, o candidato à
governador ou mesmo a deputado que consegue montar essa estrutura, passando por
prefeitos e vereadores vinculados, tem muito mais possibilidades de conseguir
uma definição mais precisa da quantidade de votos que obterá.
Desta forma, o candidato que
busca apoio dos gestores municipais, tem uma maior chance de conseguir uma boa
quantidade de votos para iniciar a campanha, mas sem a certeza absoluta de
sucesso na disputa. A verdade é que, nesse período de ‘vacas magras’ da
politica partidária, existe uma clara indefinição e até mesmo uma apatia por
parte da maioria dos eleitores a nomes e a legendas políticas.
Em relação aos prefeitos e
vereadores, estes mantém redes de lideranças próprias e por isso também conseguem
oferecer maior visibilidade para os candidatos em locais onde estes não podem
estar presentes com maior frequencia. Essa é uma das principais vantagens em
ter um prefeito como aliado.
Do ponto de vista de
Pernambuco, existe uma tendência histórica de eleições nas quais o apoio maciço
dos prefeitos tem influenciado diretamente na eleição de governadores.
Mas dentro do atual contexto,
de avaliações negativas das pesquisas em alguns setores da administração
pública estadual e municipal, além do desgaste de muitos prefeitos que, em
virtude de uma conjuntura cruel que vem prejudicando até os bons administradores, não os permitindo apesar do seu esforço, quem produzam os resultados que a municipalidade espera e, além disso, com
a ausência de novos líderes que possam conduzir as decisões no Estado, o
resultado das urnas será uma incógnita para os pretensos candidatos à
governador.
Com ou sem prefeitos.
*Marcelo Jorge é Consultor Político filiado à ABCOP - Associação Brasileira de Consultores Políticos -, radiojornalista, âncora do Programa 'Falando com o Agreste', Publicitário e graduando em Ciência Política pela Uninter | PR