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Foto: José Cruz/Agência Brasil |
Em uma ano marcado por
eleições para a presidência da república, governos de estado, senado e câmaras
federais e estaduais, o Palácio do Planalto teme que a disputa entre os
pré-candidatos à Presidência Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e
Henrique Meirelles (PSD), ministro da Fazenda, e a crescente tensão eleitoral
possam atrapalhar a aprovação da reforma da Previdência, cuja votação está
marcada para 19 de fevereiro.
O elogio feito pelo emedebista
ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em entrevista ao jornal
"O Estado de S. Paulo" publicada recentemente, teve como principal
objetivo, segundo fontes do Planalto, brecar um início de atrito entre o
presidente da Câmara dos Deputados e o ministro da Fazenda.
Maia e Meirelles se colocam
como possíveis candidatos do governo na eleição presidencial deste ano e, ao
lado de Alckmin, buscam se apresentar como o nome de centro na corrida pelo
Planalto.
O jornal mostrou que Maia trabalha
para minar Meirelles em meio a seus movimentos pela eleição, já tem equipe e
articula alianças. Temer ficou preocupado com a possibilidade de o embate entre
Maia e Meirelles prejudicar a votação da reforma da Previdência, meta principal
do Planalto para este ano.
Na semana passada, a agência
de classificação de riscos Standard & Poor's informou que rebaixou a nota
de crédito do Brasil em razão de "constantes" atrasos justamente na
aprovação das novas regras nas aposentadorias e citou uma mudança, já
descartada, na "regra de ouro", que impede a União de se endividar
acima do volume de investimento.
Assessores de Temer argumentam
também que a mudança nas regras da aposentadoria traria mais estabilidade
econômica, o que também pode se traduzir em votos, e teria um caráter simbólico
de coesão que pode ser levado para a eleição.
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