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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (foto: EVARISTO SA/AFP) |
O
ex-ministro Geddel Vieira Lima foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã
desta sexta-feira. A prisão preventiva foi pedida pelo Ministério Público
Federal (MPF). Agentes da PF acompanhavam o político, que partiu em um carro
pouco antes das 7h. A PF ainda não se pronunciou sobre o caso.
O
ex-ministro cumpria prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica em Salvador,
na Bahia. O peemedebista havia sido preso em 3 de julho e mandado para casa em
12 de julho.
Na
terça-feira, a PF apreendeu R$ 51 milhões em um apartamento que seria utilizado
por Geddel em Salvador. A conferência indicou R$ 42,6 milhões e US$ 2,68
milhões em cédulas. Imagem divulgada pela PF mostrou o dinheiro separado em
vários sacos brancos, em fileiras no chão. De um lado, embalagens com reais, e
de outro, as com dólares.
As
impressões de Geddel foram identificadas em malas e caixas onde estavam
estocadas as cédulas. Na quarta-feira, o proprietário do apartamento admitiu
ter emprestado o imóvel a Geddel. O empresário Silvio Silveira, porém, disse à
Polícia Federal que “não sabia” que o local era utilizado para que o
peemedebista guardasse dinheiro.
Silveira
apresentou-se ontem à PF e contou que Geddel pediu o apartamento para estocar
“pertences do pai”, que morreu em janeiro de 2016.
ARTICULADOR
Um
dos responsáveis pela articulação política do governo de Michel Temer, Geddel
deixou o cargo de ministro da Secretaria de Governo após seis meses no cargo,
em novembro do ano passado, após polêmica envolvendo o ex-ministro da Cultura
Marcelo Calero. Este o acusou de tê-lo pressionado para liberar uma obra na
Ladeira da Barra, em Salvador.
No
final de agosto, a Justiça de Brasília aceitou a denúncia da Procuradoria da
República contra Geddel e o transformou em réu por obstrução de justiça, por
tentar atrapalhar as investigações sobre desvios do fundo de investimentos do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).
(Com informações do Correio
Braziliense e agências)